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à primeira paixão que nunca tive, carta 2

Volta e meia me imagino como é amar alguém de maneira romântica.

Penso nos momentos de aconchego, nas possibilidades de jogar conversa fora, no jeito que você poderia rir, em como aceitaria tudo o que sou na mesma medida em que me proporia a aceitar tudo o que reside em você.

Mas confesso, receio muito quanto ao que pode se tornar as possíveis brigas, porque minha sensibilidade a conflitos e a minha condição de evitá-los a todo custo ainda existe em níveis preocupantes.

Talvez seja por isso que nunca namorei na vida.

Talvez seja por isso que não estamos em prontidão para nos encontrarmos.

Tenho dificuldade de manter a cabeça no lugar. Ela vive por aí, mas nunca por aqui.

Tem disposição para viver tudo isso? Tem absoluta certeza de que realmente vai querer juntar a sua bagunça com a minha?

Talvez eu precise de mais tempo. Talvez precisemos de mais tempo.

E eu vou dar, o quanto for necessário.

Estarei te esperando quando a hora chegar.

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